Introdução: Crianças com Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI) apresentam primeiros molares com diferentes gravidades (Ghanim et al., 2015), evitando mastigação nesse dente. No estudo de McDonnell et al.,(2004), crianças com lesões de cárie tendem a um lado preferencial de mastigação (LPM) predominante, o que pode ser avaliado em crianças com HMI. Objetivos: Avaliar se a presença ou gravidade da HMI leva a existência de LPM quando comparado com um grupo controle. Material e método: Foram avaliadas crianças de 6 a 12 anos, divididas em dois grupos: grupo 1 (ao menos um primeiro molar permanente com HMI) e grupo 2 (sem HMI). Utilizou-se o critério de Ghanim et al. (2015) no diagnóstico, registrando localização, extensão e presença de dor (VASS ou SCASS). Também analisou-se a preferência de mastigação, seguindo a metodologia de McDonnel et al. (2004), com goma de mascar, classificados como “LPM observado” ou “LPM não-observado”. Resultados: Foram selecionadas 317 crianças, 100 alocadas no grupo de estudo, sendo 46 do grupo HMI leve e 64 grave, e 217 no grupo controle. Nas análises descritivas, os grupos foram homogêneos em relação à idade, ambos com mediana 9. Pelo teste quiquadrado, o grupo HMI grave possui um risco relativo 79% maior de apresentar um LPM do que o controle e teve uma maior prevalência do lado esquerdo, representando 28,2% dos casos, já o controle 18,7%. Quando comparados os dois grupos em relação a dor, desvio de mastigação, há diferença estatística (p <0,05). No teste de Kruskal-Wallis, comparando controle, leve e grave, p= 0,05, no entanto, houve diferença no relato de dor à mastigação entre HMI grave e controle. Conclusão: Crianças com HMI grave, apresenta estatisticamente uma menor mastigação bilateral, estando mais associada a mastigação do lado esquerdo.