Utilização das plantas medicinais no Sistema Único de Saúde
Sabrina Ellen Costa KATO, Ingrid Bentes LIMA, Nathália Cantuária RODRIGUES, Nayara Fernanda Alves MOREIRA, João Gabriel Soares de OLIVEIRA, Maycon Douglas Oliveira de ARAÚJO
Resumo
Introdução: A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, criada em 2006 teve como objetivo garantir à população brasileira acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos para promover o uso sustentável da biodiversidade. Além disso, no mesmo ano o uso da Fitoterapia, pelo Cirurgião-dentista foi reconhecido e regulamentado como prática integrativa e complementar à saúde bucal pelo Conselho Federal de Odontologia. Objetivo: Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a utilização das plantas medicinais na odontologia no Brasil, através de uma revisão de literatura. Metodologia: Foi realizada uma busca na literatura nas bases de dados: EBSCO, PubMed, e Scielo, contendo artigos científicos de 2009 até 2021, e como critérios de inclusão tivemos estudos de caso-controle, estudos clínicos e revisões integrativas. Resultados: Observou-se um crescimento mundial da fitoterapia estimulando assim a avaliação dos extratos de plantas para o uso na odontologia com ação antibacteriana, anti-inflamatória, anti-hemorrágica e anestésica. Entretanto, mesmo com a criação das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, a utilização das plantas medicinais ainda é considerada um tabu por grande parcela dos Cirurgiões-dentistas (CD). Tal fato decorre da falta de compreensão sobre a farmacologia das plantas medicinais e os seus princípios ativos, além da não consideração do conhecimento popular de plantas medicinais da população. Conclusão: Portanto, percebe-se que apesar do crescimento em pesquisas sobre fitoterapia e uso de plantas medicinais no Brasil, ainda existe um grande entrave sobre o uso dessa ferramenta terapêutica pelos Cirurgiões-dentistas. Com isso, para que sejam utilizadas, são sugeridas algumas ações que busquem incentivar o CD a se aperfeiçoar e obter segurança na utilização das plantas medicinais, tais como o uso da educação permanente e continuada como ferramenta de informação para os profissionais.