Introdução: O medo infantil no atendimento odontológico se faz presente em muitas consultas. Mesmo sendo corriqueiro, ainda é um desafio para os cirurgiões dentistas, principalmente os odontopediatras. Objetivos: Essa pesquisa teve como fim avaliar o medo e fatores associados de crianças de 04 a 12 anos, submetidas a profilaxia odontológica na clínica de odontopediatria da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). Material e método ou Conduta Clínica: Para avaliar o medo das crianças frente ao atendimento odontológico, foi aplicado antes da profilaxia, o questionário Children’s Fear Survey ScheduleDental Subscale versão brasileira (B-CFSS-DS), no qual os resultados podem ser ≥ que 38 (com muito medo) e menor que 38 (pouco medo). Além disso, como material para a comparação entre medo, ansiedade e estresse foi utilizado a Escala Visual Analógica (EVA), respondida pelo cirurgião dentista que fez o atendimento da criança. Para realização da análise de dados, foi utilizado o software IBM SPSS versão 26.0 (P<0,05). Resultados: Foram incluídas 97 crianças com idade média das crianças foi de 8,42 anos ± 0,21, sendo 54,6% do sexo masculino. Como resultados descritivos, obteve a média de idade das crianças sendo de 8,41 anos, ± 0,21 (DP). Quando analisada a escala B-CFSS-DS os dados obtidos foram uma média de 27,55, ± 1,33 (DP). Observou-se que o medo odontológico respondido pela criança associou com a percepção do dentista com relação a ansiedade (P= 0,005) e ao medo da criança (P=0,030). No entanto, não houve associação com o estresse infantil (P=0,10). Conclusão: Dessa forma, foi possível observar que a percepção do dentista em relação ao medo e a ansiedade infantil odontológica está associado com o medo que a criança apresenta frente ao dentista.