Comunicação buco-sinusal associada a implante: relato de caso
Julia Maria Batista da SILVA, Natalia Saori IZUMI, Bruna Stefani da Costa e SILVA, Arthur Henrique Alécio VIOTTO, Izabela Fornazari DELAMURA, Vinicius Ferreira BIZELLI, Ana Maira BAGIO, Ana Paula Farnezi BASSI
Resumo
Introdução: Um dos tipos de complicações relacionadas a instalação de implantes e a exodontia de pré-molares e molares superiores é a comunicação buco-sinusal. Ela se trata se um acesso do seio maxilar com a cavidade oral. Objetivos: O objetivo deste trabalho é relatar um caso de comunicação buco-sinusal após a realização de enxerto e instalação de implantes. Conduta Clínica: Paciente, 49 anos procurou atendimento se queixando de dor na região dos seios da face e que estava fazendo uso de antibiótico a mais de 40 dias, durante a anamnese relatou ter feito enxerto e instalação de um implante em um consultório odontológico, porém, devido a incompatibilidade do tamanho do implante e o tamanho do osso disponível, o implante entrou dentro do seio maxilar, gerando a comunicação buco-sinusal e posteriormente uma infecção. A secreção purulenta, resultado da infecção, levou a paciente a buscar atendimento com outro dentista. Este extraiu o implante, mas não realizou o fechamento da comunicação e não receitou nenhuma medicação. No atendimento foi solicitado exames de imagens, e ao resultado foi possível constatar uma comunicação buco-sinusal com seio infectado e remanescente de biomaterial. Um tratamento prévio de acondicionamento do seio com lavagens locais foi realizado junto com uma terapia medicamentosa de Levofloxacino 500mg 12/12 horas por 7 dias também. Após o período de adequação do seio foi feito a sinovectomia e fechamento da comunicação. Resultados: No pósoperatório a paciente ficou com edema compatível com o pósoperatório cirúrgico, não teve queixas álgicas e não houve mais indícios de secreção. seguiu tomando Levofloxacino 500mg 12/12horas por mais 7 dias, junto com dipirona, ibuprofeno e analgésico. Foi orientada a retirar as suturas 15 dias depois e a aguardar 6 meses para reabilitar com implantes na área e segue em acompanhamento. Conclusão: É de suma importância uma correta avaliação da quantidade de renascente ósseo na área de instalações de implantes para que se evite complicações futuras como a comunicação buco-sinusal.