Traduzindo os aspectos determinantes sobre o desenho de estudo dos trabalhos na área de implantodontia - uma visão geral dos últimos 20 anos
Marta Maria Alves PEREIRA, Caroline DINI, João Gabriel Silva SOUZA, Valentim Adelino Ricardo BARÃO, Erica Dorigatti de AVILA
Resumo
Introdução: A literatura sobre implantodontia tem crescido significativamente nos últimos anos, desde o crescimento do número de revistas odontológicas até o número de autores que estão investindo no desenvolvimento deste campo em todo o mundo. Objetivos: Na tentativa de compreender melhor os fatores que direcionam o tipo de estudo e, portanto, o alto nível de evidência, analisamos o impacto de 8 importantes categorias capazes de interferir nos determinantes do avanço científico. Material e método: Uma revisão bibliométrica foi realizada por pesquisa manual no site de periódicos de implantodontia bem estabelecidos em cinco time points definidos para representar um período de observação de 20 anos: 1999, 2004, 2009, 2014 e 2019. As seguintes informações foram registradas como uma medida associada ao tipo de desenho do estudo: país e continente do autor correspondente, renda do país, colaboração internacional, interinstitucional e interdisciplinar, tipo de financiamento e tema da pesquisa. A regressão logística foi utilizada nos modelos múltiplos para identificar os fatores exploratórios associados ao tipo de estudo considerando um nível de significância de 5%. Resultados: Foram coletados 2.685 artigos, dos quais 50,6% eram estudos clínicos. A Europa se destacou por desenvolver mais pesquisas clínicas com 3,35 chances a mais, seguida pelo continente norte-americano. Com o aumento do número de instituições, estudos clínicos tiveram 1,14 vezes mais chances de serem realizados do que outros tipos de pesquisas. Na análise de regressão logística múltipla, os artigos que publicam pesquisas clínicas tiveram 1,5 vezes mais chances de serem financiados por institutos de pesquisa ou universidade em comparação com outros tipos de estudos. Conclusão: Países e continentes de alta renda são mais propensos a desenvolver estudos clínicos sobre procedimentos cirúrgicos. Além do que, as maiores colaborações em termos de número de instituições e fontes de financiamento são mais propensas a apoiarem projetos de pesquisa clínica.