Introdução: Estudos envolvendo película adquirida demonstraram que a estaterina é ácido resistente e permanece no dente após exposição ao HCl. Tendo estes dados, é importante testar se um peptídeo derivado da estaterina é capaz de conferir proteção contra a erosão. Objetivo: O objetivo deste estudo é testar a proteção deste peptídeo derivado da estaterina (StatpSpS) contra erosão intrínseca em dentina associada ou não a abrasão in situ. Método: 180 blocos de dentina bovina foram cortados, padronizados e divididos em 3 grupos de tratamento: 1) água deionizada; 2) solução comercial com SnCl2 /NaF/ AmF (800 ppm Sn+2,500 ppm F-, pH 4,5, Erosion Protection® – GABA); 3) solução com StatpSpS (1,88 X 10-5M). 15 voluntários usaram aparelhos intraorais palatinos feitos em resina acrílica, sendo que nestes foram colocadas 4 amostras de dentina, separadas em 2 fileiras verticais, sendo que em uma as amostras eram submetidas somente a erosão, e outra fileira à erosão+abrasão. 4x/dia os aparelhos foram imersos em HCl (erosão) e 2x/dia escovações de 15s com escova elétrica. Em cada fase os aparelhos eram utilizados por 5 dias consecutivos, das 8h às 20h, sendo retirados somente para alimentação. Antes de todos os processos, as amostras foram analisadas por perfilometria, e também após as fases experimentais para que fossem comparadas. Os dados foram analisados por ANOVA a 2 critérios e teste de Sidak (p<0,05). Resultado: Não houve diferença significativa entre as erosão e erosão + abrasão, porém houve diferenças significativas entre os tratamentos. O menor desgaste foi encontrado para a solução comercial Elmex e para a solução contendo StapSpS, que não diferiram significativamente entre si, mas ambas apresentaram maior proteção quando comparadas ao controle negativo. Conclusão: StapSpS protege contra a erosão e erosão + abrasão em dentina e através de métodos de engenharia de película adquirida, torna-se uma candidata a ser inserida em produtos odontológicos voltados para a proteção aos desgastes erosivos.