Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Disponibilidade e uso de EPIS por cirurgiões-dentistas em dois momentos da pandemia de COVID-19

Kalinca dos Santos DIAS, Letícia Simeoni AVAIS, Manoelito Ferreira DA SILVA JUNIOR, Márcia Helena Baldani PINTO

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Resumo

Introdução: A COVID-19, reconhecida como pandêmica em março de 2020, apresenta alta transmissibilidade entre os profissionais de saúde e pacientes, portanto, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são essenciais para controlar a disseminação. Objetivos: Analisar disponibilidade e uso de EPIs por Cirurgiões-Dentistas (CD) do Paraná, em dois momentos: em 2020 ao final da primeira onda da pandemia, e 2022, considerando o final da onda da variante Ômicron do SARS-CoV-2 e o avanço da imunização. Material e método: Trata-se de um estudo longitudinal com dados obtidos através do envio do mesmo formulário online aplicado aos participantes do estudo transversal realizado em 2020. A amostra desse estudo foi composta por 92 CD que informaram não haver mudado de serviço ou local de trabalho entre os dois períodos. O conjunto questões sobre biossegurança baseadas na nota técnica GVIMS/GGTES/ANVISA 04/2020, foi estruturado com respostas em escala Likert de frequência com cinco pontos. A comparação entre os anos foi realizada por teste de Wilcoxon para amostras pareadas (p<0,05). Resultados: Amostra com idade média de 42±11 anos, em maioria feminina (71,7%), alocadas em serviços ambulatoriais do SUS (42,4%) ou clínicas privadas (40,2%). A maioria já havia passado por teste para SARS-CoV-2 (91,3%); 41,3% testaram positivo. Até maio de 2022, 96,7% receberam o esquema vacinal completo. Comparando com 2020, em 2022 houve aumento na disponibilidade de máscaras N95/PFF2 (p=0,009) e avental impermeável (p = 0,045). Houve redução na frequência de uso de óculos de proteção (p=0,054), protetor facial (p<0,001) e avental impermeável (p=0,051). Também reduziu a frequência da desparamentação seguindo a sequência recomendada na NT04/2020 (p=0,002). A máscara N95/PFF2 não apresentou variação no uso. Conclusão: Houve aumento da disponibilidade e redução no uso de alguns EPIs específicos e nos cuidados com a desparamentação, o que pode ser indício de maior segurança por parte dos profissionais diante da cobertura vacinal e redução do número de óbitos.

Palavras-chave

Atenção Básica à Saúde; COVID-19; Equipamento de proteção individual.
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