Expansão rápida da maxila altera níveis de cortisol salivar infantil: relato de caso clínico
Rodrigo RODRIGUES, Anna Alice ANABUKI, Lucas Guimarães ABREU, Daniela Coelho de LIMA, Vivien Thiemy SAKAI, Heloisa de Sousa GOMES, Rui Barbosa de BRITO JÚNIOR
Resumo
Introdução: A expansão rápida da maxila (ERM) utiliza-se da aplicação de forças mecânicas de grande magnitude para tratamento de maloclusões decorrentes da atresia maxilar, podendo causar dor e, consequentemente, estresse no indivíduo. Objetivos: O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico que avaliou o estresse, mensurado pela concentração do nível de cortisol salivar, de uma criança submetida à ERM. Conduta clínica: Paciente 13 anos de idade, gênero masculino, com características de alterações de desenvolvimento, como atresia maxilar, palato ogival, mordida cruzada posterior, hábito de respiração bucal e olheiras. Foi solicitado exames radiográficos confirmando a indicação de ERM. Após a obtenção do consentimento livre e esclarecido, foi realizada a moldagem de transferência para confecção do aparelho ortopédico expansor tipo Hyrax fazendo a ativação do aparelho de acordo com o protocolo padronizado. Para análise do estresse da criança, foram coletadas amostras de saliva para mensuração do nível de cortisol salivar em cincos momentos: na consulta previamente à instalação aparelho (T1) e 25 minutos após a ativação do mesmo (T2); na consulta realizada sete dias após a instalação do aparelho, sendo antes da ativação (T3) e 25 minutos após a ativação (T4) e na consulta trinta dias após a estabilização do aparelho expansor (T5). Resultados: Verificou-se que, o nível de cortisol salivar foi maior após as ativações do aparelho (T2=0,10; T4=0,13) comparado com as demais coletas (T1=0,05; T3=0,09; T5=0,09). Conclusão: Conclui-se que o procedimento ortodôntico ERM pode causar estresse no paciente infantil, o que pode estar relacionado às forças exercidas no aparelho para que a expansão da maxila aconteça.