Assistência odontológica a pacientes de transplante: programa de extensão da Universidade Federal de Minas Gerais
Larissa Fassarela MARQUIORE, Ricardo Santiago GOMEZ, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de ABREU, Carolina Nemésio de Barros PEREIRA, Danilo Rocha DIAS, Cláudia Lopes Brilhante BHERING, Caroline Andrade MAIA, Francine BENETTI, Maria Elisa de SOUZA E SILVA, Warley Luciano Fonseca TAVARES
Resumo
Introdução: Em 2002, por demanda do Hospital das Clínicas da UFMG (HC), foi criado o Projeto de Assistência Odontológica a Pacientes de Transplante de Medula Óssea (TMO). Em 2010, para a gestão dos dados do projeto foi criado o Projeto de Gerenciamento do Banco de Dados (GBD). Em 2011, pacientes de transplante hepático (TF) foram incluídos na atenção e em 2015, foi criado o Programa PAOPT, agregando cinco projetos: o GBD, que engloba todo o gerenciamento do PAOPT, os projetos de assistência odontológica a pacientes de transplante de medula óssea, fígado e rins e o Projeto de Restabelecimento Estético e Funcional de Pacientes Edêntulos do PAOPT e de Pacientes de Acalásia de Esôfago, destinado à confecção de próteses removíveis (REFCO), criado em 2019. Objetivo: Demonstrar como o programa proporciona melhora na qualidade de vida dos pacientes e produz conhecimento relevante neste campo da saúde. Método: O programa oferece assistência odontológica integral aos pacientes, antes do transplante para reduzir riscos de infecções de origem bucal e complicações durante a realização/recuperação do transplante e após o procedimento para a necessária manutenção da saúde bucal. Além disso, foi realizado um banco de dados contendo dados de todos os pacientes já atendidos. Resultados: Até 2022/2, já foram atendidos 998 pacientes de transplante, sendo 632 de TMO, 291 de TF, 88 de TR e 38 do projeto REFCO. Isso é possível dada a participação de 23 professores de diversas especialidades, 50 alunos voluntários da graduação, alunos da pós graduação, além de residentes de cirurgia do HC e profissionais de trabalho voluntário. Com a suspensão das atividades clínicas devido à pandemia, temporariamente, reestruturamos nossa abordagem para não presencial, utilizando mídias sociais e vídeos, objetivando não perder o engajamento dos pacientes, alunos e docentes. Conclusão: Desta forma, o programa visa contribuir para melhora na qualidade de vida dos pacientes, além de produzir dados que articulem com a ciência e sociedade.