Introdução: A reabsorção radicular externa apical é uma patologia frequentemente encontrada em dentes permanentes e se iniciam em regiões onde ocorreu perda da camada de pré-cemento, resultando em exposição da porção mineralizada da superfície dentária, o que a torna vulnerável à ação das células osteorremodeladoras. Objetivo: Relatar um caso de reabsorção radicular apical externa, envolvendo a raiz distal do dente 36 em que a etiologia não foi identificada, portanto, a reabsorção radicular idiopática foi considerada como diagnóstico de exclusão. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, melanoderma, 22 anos, procurou Centro Odontológico de referência em Belo Horizonte, Minas Gerais, queixando-se de incômodo na região do dente 48. Na história pregressa, o paciente não relatou dados relevantes. No histórico odontológico relatou ter sido submetido a terapia ortodôntica dos 9 aos 14 anos de idade. Paciente relatou não apresentar radiografias panorâmicas e periapicais de acompanhamento do tratamento ortodôntico. Foi solicitado radiografias panorâmica e periapical para avaliação radiográfica. Na interpretação radiográfica foi possível observar que elemento dentário 36 apresentava imagem sugestiva de reabsorção externa na região apical. Foi proposto tratamento endodôntico em duas consultas, sendo realizado medicação intracanal a base de hidróxido de cálcio. Após finalização do tratamento endodôntico paciente foi acompanhado clínico e radiograficamente. Em Follow up de 24 meses é possível observar regressão da lesão e presença de reparo apical. Conclusão: No controle radiográfico, 2 anos após o tratamento endodôntico, observou-se a regressão e cura da lesão, paralisação da reabsorção e formação de reparo ósseo na região. Visto isso, evidenciase a importância de realizar um correto diagnóstico, fazer uso de uma correta medicação intracanal e realizar um preparo químico-mecânico eficiente.