Introdução: Existem relatos na literatura sobre a importância da saúde bucal e sua relação com a saúde geral dos pacientes no âmbito hospitalar, com foco em pacientes em unidades de tratamento intensivo na prevenção da pneumonia adquirida. No entanto, há poucos relatos sobre como esse fator influencia a qualidade de vida e tempo de internação de pacientes nas unidades de enfermarias. Objetivo: Relatar a importância dos cuidados com a saúde bucal e sua relação com a saúde geral do paciente no âmbito hospitalar. Método: Paciente do sexo feminino, 86 anos, admitida no Hospital Universitário de Londrina devido a fratura de fêmur após queda da própria altura, com antecedentes de parkinson, dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica e demência senil. Através dos atendimentos odontológicos por demanda espontânea, a paciente encontravase em leito de enfermaria, consciente, contactuante, em dieta por sonda nasoenteral (SNE). No exame intraoral, edentada total bimaxilar, não usuária de prótese e observou-se presença de placa vermelho-acastanhada, consistência endurecida, indolor e localizada no palato duro. Após avaliação concluiu-se que se tratava de um aglomerado de biofillme, secreção e outros resíduos. Conduta Clínica: Como conduta foi realizada a remoção da placa com soro fisiológico e gaze, seguida de higiene oral com enxaguatório bucal e hidratação das mucosas bucais com tocoferol. Resultados: . Logo após o procedimento, a paciente relatou o interesse pela ingestão de gelatina; após 4 horas foi realizada a remoção da SNE, com boa aceitação da dieta via oral e após 24 horas teve alta hospitalar. Conclusão: Conclui-se que as práticas de higiene bucal adequadas em pacientes internados proporcionam bem-estar, melhor qualidade de vida, pode prevenir o agravamento e/ou formação de outras doenças e reduz o tempo de internação.