Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Biópsia incisional para diagnóstico de pênfigo vulgar em cavidade oral: relato de caso

Jaqueline Dutra OLIVEIRA, Maria Rita Santos BRONZATI, Vitória de Paula SILVA, Geise Bueno PAIVA, Maria Eduarda de Souza CARDOSO, Ingridy Karoline Teixeira Caçula SILVA, Felipe da Silva PONCE, Marcelo Rodrigues AZENHA

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Resumo

Introdução: O pênfigo vulgar é uma doença mucocutânea, autoimune e de maior prevalência em pacientes com idade média de 50 anos, sem predileção por sexo. No exame físico, vê-se lesões erosivas superficiais, com limites irregulares e ulcerações espalhadas pela boca. No exame histopatológico, há acantólise e células de Tzanck soltas. Para o diagnóstico, pode ser feita manobra semiotécnica (sinal de Nikolsky) e confirmação por biópsia ou imunofluorescência. Objetivos: O objetivo do presente estudo é apresentar um caso de biópsia incisional no tecido gengival para diagnóstico. Material e método ou conduta clínica: Paciente do sexo masculino, 42 anos, bom estado de saúde geral. Compareceu à Clínica Odontológica da Universidade de Franca queixando-se de sensibilidade e ferimentos na gengiva há mais de um ano após uma limpeza dentária, as lesões começaram na arcada inferior e, após 5 meses, surgiram na superior. Sua gengiva descama ao se alimentar e o enxaguante bucal gera ardência. No exame intrabucal, notou-se áreas erosivas na gengiva e sinal de Nikolsky positivo. Realizou-se anestesia infiltrativa na região do dente 13 (área mais lesada) com lidocaína 2% + epinefrina 1:100000 e coleta de tecido, colocando uma gaze com soro fisiológico a 0,9% no local. O paciente foi colocado na posição de Trendelenburg devido a ter lipotimia por ansiedade. Foi prescrito Dipirona 500 mg de 6 em 6 horas, por 2 dias em caso de dor. O tecido foi imerso em formol a 10% e encaminhado para exame histopatológico com suspeita clínica de pênfigo vulgar, líquen plano ou reação liquenoide. Resultados: O resultado histopatológico foi pênfigo vulgar. Devido a ser uma doença sistêmica, o paciente foi encaminhado a um dermatologista, que vai selecionar o melhor tratamento (geralmente corticosteroides). Conclusão: A cavidade oral, na maioria dos casos, é a primeira a ter manifestações da doença, cabendo ao dentista um correto diagnóstico que pode ser feito por biópsia e envio da peça para exame histopatológico, a fim de iniciar o tratamento o quanto antes.

Palavras-chave

Biópsia; Saúde; Gengiva.
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