Revista de Odontologia da UNESP
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Congress Abstract

Biópsia incisional para diagnóstico de pênfigo vulgar em cavidade oral: relato de caso

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Introdução: O pênfigo vulgar é uma doença mucocutânea, autoimune e de maior prevalência em pacientes com idade média de 50 anos, sem predileção por sexo. No exame físico, vê-se lesões erosivas superficiais, com limites irregulares e ulcerações espalhadas pela boca. No exame histopatológico, há acantólise e células de Tzanck soltas. Para o diagnóstico, pode ser feita manobra semiotécnica (sinal de Nikolsky) e confirmação por biópsia ou imunofluorescência. Objetivos: O objetivo do presente estudo é apresentar um caso de biópsia incisional no tecido gengival para diagnóstico. Material e método ou conduta clínica: Paciente do sexo masculino, 42 anos, bom estado de saúde geral. Compareceu à Clínica Odontológica da Universidade de Franca queixando-se de sensibilidade e ferimentos na gengiva há mais de um ano após uma limpeza dentária, as lesões começaram na arcada inferior e, após 5 meses, surgiram na superior. Sua gengiva descama ao se alimentar e o enxaguante bucal gera ardência. No exame intrabucal, notou-se áreas erosivas na gengiva e sinal de Nikolsky positivo. Realizou-se anestesia infiltrativa na região do dente 13 (área mais lesada) com lidocaína 2% + epinefrina 1:100000 e coleta de tecido, colocando uma gaze com soro fisiológico a 0,9% no local. O paciente foi colocado na posição de Trendelenburg devido a ter lipotimia por ansiedade. Foi prescrito Dipirona 500 mg de 6 em 6 horas, por 2 dias em caso de dor. O tecido foi imerso em formol a 10% e encaminhado para exame histopatológico com suspeita clínica de pênfigo vulgar, líquen plano ou reação liquenoide. Resultados: O resultado histopatológico foi pênfigo vulgar. Devido a ser uma doença sistêmica, o paciente foi encaminhado a um dermatologista, que vai selecionar o melhor tratamento (geralmente corticosteroides). Conclusão: A cavidade oral, na maioria dos casos, é a primeira a ter manifestações da doença, cabendo ao dentista um correto diagnóstico que pode ser feito por biópsia e envio da peça para exame histopatológico, a fim de iniciar o tratamento o quanto antes.

Biópsia; Saúde; Gengiva.
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