Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Resumo de Congresso

Período do dia em que as crianças estão mais dispostas interfere na resiliência dos pais

Lara Evangelista ORLANDI, Maria Eugênia Domingueti Rabelo RIBEIRO, César Augusto Moreira DOMINGUES, Daniela Barroso Silva de OLIVEIRA, Gabriel Rodrigo Gomes PESSANHA, Leandro Araújo FERNANDES, Daniela Coelho de LIMA, Heloisa de Sousa GOMES

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Resumo

Introdução: Atualmente vários termos e conceitos são utilizados para caracterizar o comportamento infantil e de seus pais. Por meio do cronotipo é possível avaliar o nível de energia e o período do dia que o indivíduo se encontra mais ativo para realização de tarefas. Outro fator importante para entender este comportamento é a resiliência, a qual é a capacidade que uma pessoa tem de se portar diante de adversidades da vida. Na prática clínica, é notório que o comportamento infantil é diretamente influenciado pelo comportamento dos pais e as suas relações familiares. Objetivos: O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre cronotipo infantil e a resiliência dos pais de crianças de 4 a 12 anos atendidas na clínica de Odontopediatria da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL- MG). Material e método: Utilizou-se duas escalas, a Escala de Energia Circadiana (CIRENS) e a Escala de Resiliência, ambas respondidas pelos pais ou responsáveis. Os dados foram analisados pelo software SPSS 26.0, adotando o nível de significância de 5%. Resultados: Foram incluídas 97 crianças com média de idade de 8,42 (±0,21) anos, sendo 54,6% do sexo masculino. Ao avaliar o cronotipo das crianças, obteve-se maior destaque no intermediário (55,7%), sendo 28,9% matutino e 15,5% noturno. Em relação a resiliência dos pais 56,7% foram classificados com alta resiliência, 34,0% com resiliência moderada e apenas 9,3% com baixa resiliência. Observou-se ainda que o cronotipo obteve associação significativa com a resiliência dos pais (P=0,01). Pais considerados com moderada e alta resiliência tinham mais filhos com cronotipo intermediário (n=52), por outro lado, pais com baixa resiliência tinham mais filhos com cronotipo matutino (n=7). Conclusão: Conclui-se nessa amostra, que crianças com uma predominância do cronotipo intermediário, ou seja, crianças com maior flexibilidade para alterar sua rotina, apresentam pais mais resilientes, já crianças com cronotipo matutino, aquelas mais dispostas pela manhã, tem pais menos resilientes.

Palavras-chave

Resiliência psicológica; Cronotipo; Comportamento infantil.
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