Introdução: A fissura labiopalatina é a deformidade craniofacial mais frequente em seres humanos e, possui como parte fundamental do protocolo reabilitador, a realização de cirurgias plásticas primárias (queiloplastia e pataloplastia). Objetivo: O propósito deste estudo, foi avaliar se a queiloplastia e palatoplastia influenciam no crescimento volumétrico dos arcos dentários de crianças com fissura labiopalatina. Materiais e Métodos: Cento e dois modelos dentários do palato foram divididos nos seguintes conjuntos amostrais: fissura unilateral completa de lábio (FL) e fissura unilateral de lábio e palato (FLP). Um scanner a laser 3D digitalizou os modelos dentários e as análises volumétricas foram realizadas pelo software do sistema de estereofotogrametria. O volume do palato foi avaliado em três fases: pré-queiloplastia (Fase1, F1), pós-queiloplastia (Fase 2, F2) e pós-palatoplastia (Fase 3, F3). Teste de Wilcoxon e o teste de Friedman seguido pelo teste de Dunn foram aplicados nas avaliações intragrupos, enquanto o teste de Mann-Whitney foi aplicado na comparação intergrupos (α=5%). Resultados: O grupo FL apresentou crescimento significativo na pós-queiloplastia (p=0.031). O grupo FLP também apresentou crescimento significativo em F2, apesar de ter apresentado redução volumétrica em F3 (p=0.003). As crianças com FL apresentaram menor volume nas Fases 1 e 2 (p<0.0001 e p=0.024, respectivamente) quando comparado aos participantes com FLP. Conclusão: Conclui-se que, a queiloplastia não interferiu no crescimento dos arcos dentários em ambos os conjuntos amostrais, no entanto as crianças com fissura de lábio e palato, após a palatoplastia apresentaram diminuição volumétrica do arco dentário maxilar.