Desenvolvimento de nanopartículas baseadas em fibroína de seda para liberação de morina para controle de biofilme de S.mutans
Breno Augusto Mackert MOURÃO, Milena da Silva GIMENES, Molíria Vieira dos SANTOS, Luciana Solera SALES, Hernane da Silva BARUD, Fernanda Lourenção BRIGHENTI
Resumo
Introdução: A fibroína da seda (FS) é um polímero natural obtido a partir da purificação da seda que se destaca por suas características que a diferencia de outros polímeros naturais. Essas características incluem biocompatibilidade, propriedades mecânicas superiores, biodegradação controlável e formatos de materiais versáteis. A adição de agentes antibacterianos à FS é uma estratégia interessante para ampliar suas possibilidades de aplicações. A morina (3, 5, 7, 2′, 4′- penta-hidroxifavona), um flavonóide amarelo isolado de plantas, frutas e ervas da família Moraceae, tem recebido atenção em virtude de suas propriedades antimicrobianas. No entanto, a morina possui estabilidade limitada, baixa solubilidade e biodisponibilidade, o que afeta a sua distribuição no local desejado. Objetivos: O objetivo desse trabalho foi avaliar in vitro a atividade antibiofilme e antimicrobiana de nanopartículas de FS para liberação controlada de morina. Material e método ou Conduta Clínica: A atividade antimicrobiana e antibiofilme foi avaliada em biofilmes de S.mutans cultivados em um modelo de aderência ativa com exposição intermitente a sacarose durante 24 h. Para avaliação da atividade antimicrobiana, os sistemas foram analisados em relação à sua capacidade de interferir na maturação do biofilme por meio da avaliação da viabilidade microbiana e acidogenicidade. A análise da capacidade antibiofilme dos sistemas foi avaliada pela quantificação da biomassa através da coloração por cristal violeta. Resultados: O sistema contendo morina reduziu a viabilidade microbiana e a acidogenicidade do biofilme de S.mutans em comparação ao sistema sem morina e o grupo controle. Além disso, a biomassa foi menor na presença do sistema contendo morina. Conclusão: Em conclusão, a nanopartícula desenvolvida mostrou ser eficiente para a encapsulação da morina e controlou importantes fatores de virulência do biofilme de S.mutans, como acidogenicidade, redução da viabilidade microbiana e biomassa.