Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Diagnóstico tardio de carcinoma oral em mulher jovem

Laís de Barros Pinto GRIFONI, Mariana Paravani PALAÇON, Camila de Oliveira BARBEIRO, Claudia Maria NAVARRO, Elaine Maria Sgavioli MASSUCATO, Jorge Esquiche LEON, Andreia BUFALINO

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Resumo

Introdução: O carcinoma de células escamosas (CEC) da cavidade oral é o oitavo câncer mais comum em todo o mundo, sendo que o local mais comum de câncer bucal são os dois terços anteriores da língua, representando 22% a 49% de todos os cânceres orais diagnosticados. Geralmente ocorre em homens mais velhos e está associado principalmente ao tabaco e ao álcool como principais fatores de risco. Mais atualmente, tem sido observado que a incidência de CEC oral em pacientes mais jovens tem aumentado. Objetivos: Relatar o caso de uma paciente jovem que levou 5 anos para procurar auxílio diante de lesões brancas em língua e foi diagnosticada, tardiamente com CEC. Conduta Clínica: Paciente do sexo feminino de 33 anos compareceu ao Serviço de Medicina Bucal da Faculdade de Odontologia de Araraquara com queixa principal de “ferida” em língua. Ela relatou que há 5 anos já observara alterações (“manchas brancas”) do lado esquerdo da língua, porém, percebeu um crescimento alarmante há três semanas, acompanhado de sintomatologia dolorosa quando falava ou se alimentava. Em relação ao seu histórico médico, relatava ser portadora de artrite reumatoide. Ao exame clínico intraoral observou-se extenso nódulo ulcerado em terço médio do lado esquerdo da língua com bordas elevadas e endurecidas entremeado por placa branca não raspável difusa, na face inferior. Considerando o aspecto clínico e o histórico de rápido crescimento da lesão foi realizada biópsia incisional sob anestesia local. Resultados: A histopatologia revelou um carcinoma de células escamosas e a paciente foi encaminhada ao cirurgião de cabeça e pescoço para tratamento. Conclusão: Destacamos a importância do diagnóstico precoce do CEC que proporcionaria maior probabilidade de cura, garantindo assim maior sobrevida e qualidade de vida, além de oferecer terapias menos mutiladoras.

Palavras-chave

Carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço; Diagnóstico bucal; Neoplasias bucais.
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