Introdução: A hipersensibilidade dentinária é definida como uma dor aguda de curta duração causada por estímulos térmicos, táteis, químicos ou osmóticos. Os fatores predisponentes para o desenvolvimento da mesma são a perda de esmalte, bem como a presença de exposição de dentina, que resultam de bruxismo, hábitos de dieta ácida, refluxo gástrico, recessão gengival, gengivite, periodontite (e seu tratamento) e escovação dos dentes com muita força. Objetivos: Este estudo clínico tem como objetivo avaliar a influência das características e hábitos dos pacientes no grau de hipersensibilidade dentinária. Material e método ou Conduta Clínica: Cento e noventa e dois dentes com exposições radiculares de quarenta e dois pacientes foram selecionados. Os seguintes dados relacionados aos pacientes foram coletados: idade, gênero, presença de refluxo gástrico, consumo de alimentos ácidos, apertamento dental, bruxismo, tratamento periodontal, higiene oral. Em relação aos dentes com exposições radiculares foram coletados os dados referentes à altura e profundidade da exposição, presença de antagonista, guia de desoclusão e grupo de dentes. Os dados foram submetidos a modelo de regressão linear com efeitos fixos e pós-teste com contrastes ortogonais (p ≤ 0,05). O grau da HD foi analisado por escala visual analógica (VAS). Resultados: Apenas três fatores influenciaram no grau de HD, sendo que quanto maior a profundidade de exposição maior a HD. A presença de antagonista influenciou no aumento do grau de HD; assim como, os pré-molares foram mais sensíveis que os demais grupos de dentes. Conclusão: O grau da HD está associado à profundidade da exposição radicular e à presença de dente antagonista, sendo mais elevado em pré-molares.