Efeito do uso de agentes naturais na resistência de união dentina/ adesivo em substrato erodido
Laryssa Karla ROMANO, Rebeca Franco de Lima OLIVEIRA, Eduardo José SOARES, Rocio Geng VIVANCO, Fernanda de Carvalho Panzeri PIRES-DE-SOUZA
Resumo
Introdução: O estudo avaliou o efeito do extrato de Bromelina (Br) e Própolis (Pr) na resistência de união (RU) adesivo/dentina erodida.Objetivos: Avaliar o efeito do uso do extrato de Bromelina e Propólis, na resistência de união (RU) do adesivo à dentina erodida artificialmente. Material e método: Molares humanos hígidos tiveram superfícies oclusais aplainadas. Metade da dentina de cada dente foi protegida com resina composta (Controle) e a outra metade foi submetida ao desafio erosivo com ciclos de imersão em ácido cítrico 0,05M (pH 2,3) por 5 minutos e solução remineralizadora (1,5 mM CaCl2, 0,9mM NaH2PO4, e 0,15 M KCl - pH 7) por 60 minutos. Foram realizados 6 ciclos/dia por 10 dias. Os dentes foram separados em 3 grupos: Controle –Adesivo (Scothbond Universal – self etch); Br – Bromelina (10%); Pr - Própolis. Os dentes foram restaurados (Z350), seccionados em palitos (0,9mm²) e armazenados por 24h e 6 meses. Foram submetidos à microtração (0,5 mm/min). Os padrões de fratura (microscópio digital VH-M100) e interface adesiva (MEV) foram analisados. Resultados: Os dados (2-way ANOVA, Bonferroni, p < .05) demonstraram que, independente do substrato, a maior RU ocorreu após Pr diferente (p< .05) dos demais tratamentos, que não apresentaram diferença entre si (p>0,05). A fratura mais predominante foi a não-adesiva, exceto para Controle em substrato erodido. A MEV demonstrou smear layer parcialmente sobre dentina contudo, quando erodida, apresentou maior remoção da smear layer e túbulos dentinários mais abertos do que dentina hígida. Conclusão: Concluiu-se que independente do substrato e tempo de envelhecimento, a Pr promoveu maior RU do adesivo à dentina. O substrato erodido com Br ou Pr apresentou mais fraturas não adesivas, independente do tempo de envelhecimento.