Introdução: O material de uso mais frequente para confecção de próteses provisórias é o polimetilmetacrilato (PMMA) autopolimerizável. A utilização desse polímero está associada a desvantagens clínicas que alteram a longevidade de uma prótese. Para tentar fortalecer este material se utilizou reforços estruturais de nanopartículas de seda, a qual é produzida pelos bichos-da-seda e é considerada uma das estruturas fibrilares mais versáteis da natureza. Objetivos: O objetivo deste estudo consistiu em verificar se as nanopartículas de seda, quando incorporadas ao polimetilmetacrilato (PMMA) autopolimerizável para confecção de próteses provisórias, aumentaram suas propriedades mecânicas e antimicrobianas. Material e método: Corpos de prova retangulares foram preparados e divididos em três grupos (N=10): G1 (controle) – PMMA autopolimerizável sem reforço; G2: PMMA autopolimerizável com adição de 0,5% de nanopartículas de seda; G3: PMMA autopolimerizável com adição de 1% de nanopartículas de seda. Testes de rugosidade superficial, resistência flexural, microdureza e teste microbiológico com microrganismo Cândica albicans foram realizados. Os dados foram avaliados por análise estatística de acordo com a distribuição de normalidade encontrada (paramétrico – ANOVA e não paramétrico – Mann-Whitney, para p=0,05). Resultados: O teste de rugosidade superficial não apresentou diferenças estatísticas entre os grupos assim como o teste de microdureza. O teste de resistência flexural apresentou diferenças estatísticas entre os grupos, aumentando conforme a adição de nanopartículas de seda (G1= 79,142±3,202; G2= 87,089±2,756; G3= 92,412±1,963). Além disso, nenhuma das concentrações de nanopartículas de seda mostrou atividade antimicrobiana, não sendo efetivo contra a espécie de Candida albicans. Conclusão: Houve um aumento da resistência flexural sem comprometer a microdureza e rugosidade, além de não ter havido ação antimicrobiana nas concentrações avaliadas.