Bioatividade e solubilidade de cimentos endodônticos biocerâmicos e resinosos
Renata Rodrigues ROSA, Ary Gomes de MOTTA JUNIOR, Juliana Nunes da Silva Meirelles Dória MAIA, Luise Gomes da MOTTA, Karin de Mello WEIG, Thales Ribeiro de MAGALHÃES FILHO
Resumo
Introdução: Cimentos endodônticos são empregados com a finalidade de preencher espaços vazios e irregularidades nos canais radiculares. Bioatividade e baixa solubilidade estão entre as propriedades de um cimento endodôntico ideal. Os cimentos biocerâmicos consistem principalmente de silicato de cálcio e foram inseridos mais recentemente no mercado odontológico, sendo a última geração de selantes. Já os cimentos à base de resina epóxi estão disponíveis há mais tempo. Objetivos: Descrever a importância da bioatividade e da solubilidade no tratamento endodôntico e comparar cimentos biocerâmicos e resinosos. Material e método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados PubMed, LILACS, MEDLINE, Scielo e Google Acadêmico, nos idiomas português e inglês, através dos descritores resina epóxi, cimentos de silicato, bioatividade e solubilidade. Foram incluídos artigos publicados nos últimos cinco anos. Resultados: Os cimentos à base de resina epóxi mostraram baixa solubilidade nos testes que seguem as normas da ISO 6876, enquanto que os cimentos à base de silicato ainda não apresentaram solubilidade satisfatória. No entanto, a bioatividade e potencial de regeneração tecidual foi superior nos cimentos biocerâmicos. Conclusão: Apesar de apresentar excelente bioatividade, a solubilidade ainda é uma propriedade considerada desafiadora para os cimentos endodônticos à base de silicato de cálcio. Os cimentos resinosos ainda são considerados o padrão-ouro na Endodontia, por oferecerem compatibilidade biológica, radiopacidade, estabilidade de cor e dimensional, bom escoamento e baixa solubilidade.