Introdução: A doença peri-implantar constitui a principal complicação biológica que acomete os implantes dentários. Ela consiste em um processo inflamatório envolvendo o tecido peri-implantar em resposta ao acúmulo de biofilme e que se manifesta como mucosite peri-implantar ou periimplantite. Entretanto, o tratamento dessas complicações ainda é um desafio, sendo a prevenção um fator crucial para reduzir a incidência dessas doenças. Dessa forma, a identificação dos fatores de risco, assim como a sua aplicação prática em algumas ferramentas como o IDRA (Implant Disease Risk Assessment), são importantes para avaliar o risco do paciente em desenvolver estas doenças e para conscientizá-los quanto a necessidade de controle desses fatores. Objetivo: Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar os fatores de risco relacionados ao IDRA. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed, Embase, Scopus e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os estudos avaliados estavam na língua inglesa e foram realizados entre 2002 e 2023. Resultados: Os resultados mostraram que o excesso de cimento relacionado à prótese cimentada, a ausência de terapia de suporte, o histórico de periodontite e o grau de severidade da periodontite foi relacionado a um maior risco para o desenvolvimento da doença periimplantar. Conclusão: Portanto, esse resultado mostra que, dentre os parâmetros do IDRA, os que estão relacionados ao paciente (6 parâmetros) possuem um maior grau de evidência científica, enquanto os que avaliam a prótese (2 parâmetros) se restringiam a avaliação do excesso de cimento, sendo necessários mais estudos avaliando outros tipos de prótese e de aspectos relacionados a ela.