Introdução: Os cistos residuais têm etiologia inflamatória, sendo estes resultados da proliferaçãodos restos epiteliais de Malassez presentes na região apical, a qual é mantida pela remoçãoinadequada após a exodontia. Objetivos: apresentar um caso clínico de cisto residual em maxilacom íntimo contato com o seio maxilar, bem como abordar aspetos clínicos, imagiológicos ecirúrgicos. Conduta Clínica: Paciente do sexo feminino, 59 anos, procurou a clínica odontológicada Universidade Estadual do Norte do Paraná. A paciente referiu na anamnese não apresentarsintomatologia dolorosa e ter sido submetida a uma exodontia na mesma região em queapresentava alteração na radiografia previamente, no exame clínico intraoral apresentavaausência total dos elementos dentários. Na radiografia panorâmica, evidenciou uma árearadiolúcida na região do canino e pré-molares esquerdo maxilar, delimitada por halo radiopaco.No exame de tomografia, observou-se uma extensa lesão expansiva acometendo a regiãointraóssea, medindo 13,89 x 8,22 x 8,67 cm, e perda de continuidade óssea do assoalho do seiomaxilar. O tratamento cirúrgico realizado foi a enucleação do cisto por curetagem, sob anestesialocal, após a constatação do resultado dos exames pré-operatórios solicitados. Durante aenucleação, a cavidade deixada pela lesão evidenciava a membrana do seio maxilar intacta, semcomunicação. Conclusão: Conclui-se que é necessário um conhecimento aprofundado dascaracterísticas da lesão nos exames radiográficos, como a localização, tamanho e a proximidadecom estruturas vitais, a exemplo, o seio maxilar, pra realização do procedimento a fim de que nãohaja complicação evitáveis por um correto planejamento.