Introdução: Cavidades profundas, fraturas coronárias, perfurações radiculares, podem acarretar em invasão do espaço biológico. Esse espaço acomoda o sulco gengival, epitélio juncional e a inserção de fibras conjuntivas. Quando não respeitado, inicia-se um processo inflamatório na região supra crestal, na qual acarreta sangramento, dor, aumento do volume dos tecidos e a possibilidade de formação de bolsa periodontal. Com isso, dificulta para realização de técnicas de moldagem, adaptação de trabalhos, procedimentos restauradores adesivos, comprometendo a qualidade e sucesso dos trabalhos realizados. Objetivo: o objetivo desse trabalho é mostrar por meio de relato de caso clínico o passo a passo de uma cirurgia de aumento de coroa clínica visando a recomposição do espaço biológico invadido. Método: Paciente de 31 anos de idade, sexo feminino, apresentava lesão cariosa no dente 36 no qual havia uma restauração em resina composta. A lesão de cárie foi removida anteriormente ao procedimento periodontal. A cirurgia foi realizada sob anestesia local e as osteotomias foram feitas com auxílio de instrumentos manuais e rotatórios. Aguardado a cicatrização da região operada, o dente foi reconstruído com núcleo de preenchimento, preparado e moldado para a confecção de uma coroa de porcelana pura (Emax). Resultados: Concluímos que a correta indicação das técnicas para o restabelecimento das distâncias biológicas, mantém a integridade periodontal e possibilita a adequada realização dos procedimentos restauradores. Conclusão: Os términos de preparos restauradores com margens bem adaptadas é condição indispensável para a conservação e durabilidade dos trabalhos, facilitando assim, a remoção da placa bacteriana por parte da higienização dos próprios pacientes.