Uso de biomateriais sintéticos como o futuro dos enxertos ósseos: relato de caso
Gabriela Slota NEIVERTH, Celina Cruz MAINARDES, Vanessa Migliorini URBAN, Patrício RUNNACLES
Resumo
Introdução: Tratamentos reabilitadores por meio de implantes osseointegrados encontram-se consagrados na prática clínica. Diante disso, a realização de enxertia óssea é necessária para um bom prognóstico em casos que sofreram severa reabsorção óssea. Logo, a procura pelo material ideal continua, e o estudo de materiais capazes de substituir o osso autógeno é de grande interesse para a atualidade. Uma das opções de enxerto ósseo são os materiais sintéticos, que têm se mostrado cada vez mais satisfatórios por sua biocompatibilidade, capacidade de osteocondução, redução na morbidade do paciente quando comparado ao enxerto autógeno e de menor custo quando comparado ao enxerto xenógeno. Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo relatar um caso de levantamento de seio maxilar por meio de enxertia óssea com uso de biomaterial, a fim de demonstrar o sucesso da técnica a médio prazo. Conduta clínica: Paciente buscou atendimento em clínica odontológica privada para reabilitar região superior direita. Os elementos 14 e 15 foram perdidos por lesão cariosa e em exame radiográfico a região mostrou uma severa reabsorção óssea. A proposta foi a extração das raízes residuais, manutenção do alvéolo com enxerto ósseo e levantamento do seio maxilar. Passado o período de osseointegração do alvéolo, foi realizada a técnica de Caldwell-Luc para levantamento do seio utilizando hidroxiapatita sintética, Nanosynt (FGM - Joinville, Brasil). Os implantes foram instalados imediatamente após o levantamento. Foi esperado o tempo de 6 meses para maturação dos tecidos, para poder prosseguir com a reabilitação. Resultados: Como resultado, podemos observar a manutenção dos tecidos ósseos, extensa formação óssea compatível com o levantamento do seio maxilar e função mastigatória devolvida. Podemos avaliar a estabilidade dos tecidos na radiografia de manutenção realizada 2 anos e 4 meses após enxerto e instalação de implantes. Conclusão: Essa opção de enxertia com biomateriais se mostrou como uma ferramenta confiável e satisfatória.