Introdução: A escolha do protocolo de tratamento para os pacientes com carcinoma espinocelular (CEC) oral é afetado por muitos fatores prognósticos, dentre os quais, a metástase linfonodal. Objetivos: Objetivou-se verificar a correlação entre metástase linfonodal e dados clínicopatológicos de pacientes com CEC oral do Hospital Bom Pastor (Varginha-MG [2010-2012]). Material e método: Comitê de Ética (CAAE: 38707119.3.0000.5416; número do parecer: 5.796.506). Os dados clínicos foram obtidos dos prontuários. As peças cirúrgicas foram analisadas em hematoxilina e eosina e com imuno-histoquímica para Ki-67. Os tumores foram classificados de acordo com o grau histopatológico (bem diferenciado, moderadamente diferenciado, pobremente diferenciado) e foi diagnosticada a expressão de Ki-67. Para a análise de expressão de Ki-67 verificamos intensidade (baixa, moderada ou forte), quantidade (51%) e calculamos o escore (0-4, 5-8, 9-12). Foi realizada análise estatística univariada e multivariada. Resultados: Trinta e nove pacientes foram incluídos no estudo, sendo 11 casos (28.2%) com metástase linfonodal, todos apresentando estadiamento III ou IV (p=0,001). Na análise de Ki-67, pacientes com metástase linfonodal apresentaram resultados estatisticamente significantes, mostrando prevalência de casos com intensidade alta (p=0,002), quantidade >51% (p=0,012) e escore 9-12 (p=<0,001). A regressão mostrou que pacientes <50 anos e com escore 9-12 tem 99,7% de chance de apresentar metástase linfonodal. Esses dados ainda são conflitantes na literatura. Conclusão: Concluiu-se que o escore elevado (9-12) para Ki-67 nos CECs orais é um fator preditivo para metástase linfonodal.