Estudo radiográfico da espessura do esmalte nas faces proximais dos dentes anteriores e posteriores
Nicole Tonin IPLINSKY, Ary dos SANTOS PINTO
Resumo
Introdução: A técnica de desgastes interproximais é um procedimento frequente na prática ortodôntica, no qual parte do esmalte dental da face interproximal é removida, e para que este seja realizado com segurança é importante estimar a espessura de esmalte presente. Objetivos: Este estudo descreve a espessura do esmalte nas faces mesial e distal dos dentes permanentes anteriores e posteriores e avalia as correlações desta medida entre os dentes do arco superior e inferior, entre os dentes da região anterior e posterior e entre as faces mesial e distal. Material e método: Foram selecionados 34 adultos jovens (21 mulheres e 13 homens) entre 13 a 24 anos de idade. Radiografias periapicais dos incisivos centrais, laterais e caninos e interproximais dos pré-molares e molares, superiores e inferiores do lado direito, foram digitalizadas em um scanner de mesa, para posterior mensuração da espessura do esmalte nas faces mesiais e distais, utilizando o software “Image tool”. Resultados: Os dados obtidos foram avaliados estatisticamente pelos testes Kolmorov-Smirnov, t de Student e de Pearson e mostraram que os valores médios de espessura do esmalte nas faces proximais tornam-se progressivamente maiores distalmente, nos dentes posteriores o esmalte é mais espesso que nos anteriores 5,36 mm no arco inferior e 4,48mm no superior. A espessura do esmalte nas faces distais é significantemente maior que nas mesiais. A espessura total do esmalte interproximal de um hemiarco é de 14,87 mm para os dentes superiores e 14,78 mm para os inferiores. Conclusão: Correlações positivas, estatisticamente significantes, foram encontradas entre as espessuras do esmalte das faces mesial e distal, dos dentes anteriores e posteriores, assim como, em grande parte dos valores obtidos para os dentes dos arcos superior e inferior.