Cisto dentígero em paciente infantil - relato de caso
Beatriz Oliveira SILVA, Cássia Leticia Curti CROZATTO, Claudio Alberto FRANZIN, Nubia Inocencya Pavesi PINI, Francismar Zamberlan RAUSCH, Lucimara Cheles da Silva FRANZIN
Resumo
Introdução: O cisto odontogenico dentígero origina-se a partir do acúmulo de fluídos entre o epitélio do órgão do esmalte e coroa dentária. Os inflamatórios são ocasionados por necrose pulpar ou inflamação periapical de um dente decíduo, e os de desenvolvimento por tumores, dentes supranumerários e estruturas ósseas mais densas. Sua prevalência se dá em indivíduos na faixa etária de 10 a 30 anos, do gênero masculino e leucodermas, corriqueiramente são assintomáticos e considerados um achado incidental. Objetivo: Relatar um caso clínico de cisto odontogenico dentígero em paciente infantil. Caso clínico: Paciente leucoderma, genero feminino de 8 anos de idade, compareceu a clínica odontológica para tratamento de rotina. Após a anamnese, o exame geral não mostrou assimetria facial. O intrabucal apresentou uma dentição mista, com o dente 85 com curativo na oclusal, assintomático. Por meio de um exame odontológico radiográfico de rotina periapical observou-se o dente 85 com uma endodontia parcial e uma extensa radiolucência envolvendo o germe do dente 45. Solicitou-se a radiografia panoramica e a hipótese diagnóstica foi cisto dentígero. A abordagem clínica foi cirúrgica, por meio da técnica da marsupialização com remoção do dente 85 e preservação do dente permanente. O exame histopatológico confirmou tratar-se de um cisto dentígero de origem inflamatória. Resultados: Obteve-se sucesso, com a erupção posterior do dente 45 e não recidiva do cisto. A proservação foi feita por 5 anos, por meio de consultas odontológicas periódicas, com tomadas radiográficas afim de averiguar recidivas e neoplasias. Conclusão: O cirurgião-dentista deve realizar exames radiograficos de rotina e estar atento a proservação das terapias endodonticas em dentes decíduos. É necessário avaliar lesões e correlacionar os dados clínicos, radiográficos, e histopatológicos para um correto diagnóstico. Essas lesões podem ser tratados com sucesso por meio da remoção do dente decíduo infeccionado e abordagem cirúrgica conservadora do cisto.