Ocorrência padrão cronológico das reabsorções apicais transitórias em dentes permanentes luxados
Isabela Fernandes dos SANTOS, Luiza Coutinho Rothier da SILVEIRA, Sylvia Cury COSTE, Gabriela Ribeiro MIRANDA, Julia Maciel CHAVES, Enrico Antônio COLOSIMO, Juliana Vilela BASTOS
Resumo
Introdução O presente estudo avaliou a ocorrência, padrão cronológico, e prognóstico de dentes portadores de reabsorção apical transitória (TAB do inglês transient apical breakdown) em 427 dentes permanentes luxados, em 224 pacientes atendidos na CTD-FO-UFMG entre 2014 e 2022. A TAB foi observada em 39 dentes (9.1%), de 27 pacientes, com idade média no momento do trauma de 18,8 ± 7,2 anos (variação 11,3 a 39,7 anos). Objetivos: Avaliar a ocorrência de TAB em dentes luxados pós trauma. Material e método ou Conduta Clínica: A distribuição de acordo com o tipo de luxação foi a seguinte: 17 dentes sofreram luxações laterais (43.6%), 12 dentes com subluxações (30.8%), 8 dentes com extrusões (20,5%). TAB foi observada em 1 dente com concussão e em 1 dente com intrusão. O tempo mediano decorrido entre o trauma e o diagnóstico de TAB foi de 90 dias (variação de 39 dias a 13 meses). Resultados: O padrão de TAB observado em todos os casos foi a ampliação do forame apical e reabsorção do ápice da radicular. O tempo mediano de duração da TAB, desde o diagnóstico radiográfico até a normalização do aspecto radiográfico foi de 6,4 meses (variação de 2,5 meses a 2,8 anos). Conclusão: O TAB representou em evento intermediário durante o processo de cicatrização pulpar de dentes permanentes maduros portadores de luxações moderadas tais como subluxações ou om deslocamento não intrusivo.