Introdução: Para promover e qualificar o acesso da gestante ao atendimento odontológico no contexto da Atenção Primaria em saúde, o Governo Federal instituiu, através da portaria Nº 2.979, de 12 de novembro de 2019, o Programa “Previne Brasil”, que em uma das suas três vertentes, definiu sete indicadores que condicionam o repasse do recurso conforme o cumprimento de metas impostas às equipes de saúde, sendo um deles, a proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura para avaliar as melhorias e investigar o cuidado odontológico na atenção básica a partir da implementação do programa previne Brasil. Metodologia: Foi realizada uma busca na literatura nas bases de dados: Google Acadêmico, PubMed, EBSCO e Scielo, contendo artigos científicos de 2021 até 2022, no idioma português usando os termos de pesquisa e descritores: “Saúde Bucal” E/OU “Unidade Básica de Saúde” E/OU “Assistência Pré-Natal” E/OU “Saúde Pública”, como critérios de inclusão tivemos estudos de caso-controle, case series e estudos clínicos com criteriosa metodologia. Resultados: Observou-se que as metas propostas pelo Ministério da Saúde, utilizando os indicadores do programa previne Brasil, não foram atingidas, e para que sejam alcançadas faz-se necessário um conjunto de ações que busquem incentivar a grávida a fazer a consulta odontológica, tais como: palestras sobre a conscientização da importância da consulta odontológica para gestantes, agendamentos de consulta exclusiva e organização do fluxo de atendimento junto com a equipe de saúde da família. Conclusão: Portanto, percebe-se que o esse programa ainda não atingiu os seus objetivos, sendo assim, para alcançar um nível satisfatório no acesso e oferta de serviços odontológicos, deve haver um fortalecimento e expansão das políticas públicas de saúde bucal, não excluindo a atenção às linhas de cuidado presentes na Política Nacional de Saúde Bucal, como as gestantes.