Manifestações orais da mpox e o papel do cirurgião dentista
Emanuella Nietto André NOVO, Sandra Marta Amaral de Castilho CRIVELLO
Resumo
Introdução: A Mpox é uma zoonose reemergente em 2022, prevalente em jovens e possui risco de agravamento em imunossuprimidos. Apresenta em 70% dos casos manifestações orais, sendo fundamental ao dentista o conhecimento dessa patologia. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura acerca do tema e o papel do cirurgião dentista. Método: Foram utilizados 30 artigos, das bases acadêmicas PubMed, Google Acadêmico, Biblioteca Cochrane e Scielo. Cuja palavras-chave foram: Mpox; Manifestações orais Mpox; Mpox na Odontologia. Resultados: A Mpox pode ser transmitida por contato direto entre humanos através de fluidos corporais, sangue e aerossóis ou por contato indireto por meio de objetos contaminados. O diagnóstico é através da PCR da lesão. Os sintomas incluem febre, mialgia e linfadenopatia e suas manifestações orais evoluem sequencialmente de máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas, sendo contagioso até completa reepitelização tecidual. A gravidade da doença está associada à presença de manifestações orais, representado pela exacerbação dos sintomas, lesões necróticas, dor intensa e rigidez na ATM, linfadenopatia grave e complicações como pneumonia. A Mpox costuma ser autolimitante e o controle sintomatológico é através de analgésicos e antitérmicos. Casos graves devem ser hospitalizados e administrados antivirais. Atendimentos odontológicos de casos agudos, devem ser realizados em sala isolada e casos eletivos devem ser adiados. Conclusão: Conclui-se que o cirurgião dentista está exposto diariamente ao contágio, sendo necessária a utilização correta dos EPIs. Por meio da anamnese e exame clínico, realizar a triagem do paciente e ter a Mpox como hipótese diagnóstica, acompanhando-o até sua alta.