Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Uso de material reabsorvível para tratamento de fratura de mandíbula pediátrica

Beatriz D’Aquino MARINHO, Miguel Pereira da Mata SANTOS, Raphael de MARCO, Marcelo Silva MONNAZZI, Eduardo HOCHULI-VIEIRA

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Resumo

Introdução: As fraturas do complexo maxilomandibular são menos comuns em crianças do que em adultos, devido à flexibilidade dos ossos e à menor exposição a situações de risco como acidentes automobilísticos, esportes de contato e agressões físicas. Em casos de fratura de mandíbula pediátrica, o tratamento de escolha idealmente é o conservador. No entanto, quando há maior complexidade da fratura, o tratamento invasivo cirúrgico deve ser realizado com a fixação dos segmentos ósseos. O material de fixação de titânio, comumente utilizado em adultos e tradicionalmente material de primeira escolha, pode acarretar distúrbios do crescimento, criando a necessidade de novos procedimentos invasivos para remoção do material. Uma solução de tratamento ideal em casos de fratura pediátrica é o uso de materiais reabsorvíveis, os quais estabilizam de maneira eficaz a fratura e, ao longo do tempo, se decompõem, não interferindo com o crescimento da criança. Objetivo: O objetivo deste trabalho é ilustrar a aplicação do material reabsorvível em tratamento ideal de fratura pediátrica. Conduta clínica: Paciente do sexo feminino, 9 anos de idade, atendida pela equipe CTBMF- FOAr UNESP na Santa Casa de Misericórida após queda de cavalo, apresentando trauma em face, em região torácica e fratura de clavícula. Ao exame clínico, apresentava crepitação mandibular, restrição de abertura bucal e avulsão do dente 74. O exame de tomografia confirmou o diagóstico de fratura de mandíbula bilateral do ângulo direito e corpo esquerdo, com necessidade de redução cirúrgica. A paciente foi submetida, sob anestesia geral, à redução e fixação com material reabsorvível de fraturas da mandíbula através de acessos intrabucais. Resultados: No momento, se encontra em acompanhamento pósoperatório de 02 meses, apresentando oclusão estável, bom contorno mandibular e retorno de função mastigatória. Conclusão: O uso de material reabsorvível é uma alternativa de tratamento e, em tratamentos pediátricos, vem se tornando padrão-ouro.

Palavras-chave

Dispositivos de fixação cirúrgica; Fraturas maxilomandibulares; Medicina de emergência pediátrica.
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