Introdução: Com o intuito de melhorar o desempenho clínico das resinas compostas convencionais, surgiram as resinas compostas bulk-fill, que permitem incrementos maiores e possuem menor contração de polimerização. Segundo instruções do fabricante, as bulk-fill convencionais são totalmente polimerizadas quando aplicadas em incremento único de até 5mm. Objetivos: O objetivo dessa pesquisa é comparar a profundidade de polimerização em diferentes marcas de resina composta bulk-fill por meio da mensuração da espessura de corpos de prova, em milímetros, utilizando paquímetro digital. Material e método ou Conduta Clínica Foram confeccionados corpos de prova com aproximadamente 7mm de profundidade e 6 mm de diâmetro divididos em dois grupos (n=8), dos quais foram preenchidos com resina Aura bulk-fill (SDI, Bayswater, Australia) e Opus bulk-fill (FGM, Joinville, Santa Catarina, Brasil) e fotopolimerizados (MMOptics Ltda., São Paulo, Brasil). Em seguida, a resina foi retirada dos corpos de prova com auxílio da lâmina de bisturi e os excessos não polimerizados foram removidos com cureta de dentina. Assim, foi feita a medição dos incrementos com o paquímetro digital (Mitutoyo, Illinois, USA), a fim de avaliar a profundidade de polimerização das resinas. Trata-se de um estudo in vitro com metodologia baseada na ISO 4049. Foi utilizado o pacote estatístico Jamovi versão 2.3.21.0 e o nível de significância adotado foi de 5% (α=0,05). Resultados: Comparando os valores de espessura antes e após a polimerização em uma mesma marca de resina bulk-fill, foram encontradas diferenças estatisticamente importantes para ambas as marcas, o que significa que a polimerização não alcançou a espessura total do corpo de prova (7mm). Conclusão: As duas resinas alcançam a profundidade de penetração, polimerizando uma profundidade inclusive maior do que o esperado, cumprindo com as projeções do fabricante de que incrementos únicos com até 5mm são totalmente fotopolimerizados. Não há diferenças entre elas em relação a este parâmetro.