Prevalência de anquiloglossia em recém-nascidos no Brasil: uma revisão de literatura
Letícia Santos Alves de MELO, Giovanna Torqueto CASTILHO, Vanessa PARDI, Cintia Regina Tornisiello KATZ, Elaine Pereira da Silva TAGLIAFERRO
Resumo
Introdução: A anquiloglossia é apontada como limitador do aleitamento materno, podendo dificultar a realização da pega e causar dor mamilar. É uma condição na qual a parte inferior da língua é fixada de forma inadequada no assoalho bucal por uma membrana, denominada frênulo, que pode restringir indevidamente a amplitude do movimento lingual. Objetivos: Realizar uma revisão narrativa da literatura para identificar a prevalência de anquiloglossia em bebês em estudos realizados no Brasil. Material e método: Foi realizada uma busca de trabalhos publicados no período 2018-2023, nas bases de dados MEDLINE/PubMed, SciELO Brasil e LILACS, sendo considerados os descritores indexados no DeCS (Descritores de Ciências da Saúde) e MeSH (Medical Subject Headings): anquiloglossia/”ankyloglossia”, prevalência/”prevalence”, Brasil/”Brazil”. Resultados: A amostra final consistiu em 06 estudos observacionais (05 transversais e 1 coorte), conduzidos em maternidades. A prevalência de anquiloglossia variou de 2,6% a 17,0% em recémnascidos brasileiros. Três dos estudos selecionados teve a avaliação da língua realizada por cirurgiões-dentistas. Todos os trabalhos utilizaram o Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês (“Teste da Linguinha”) e/ou Protocolo de Avaliação da Língua de Bristol (BTAT). Conclusão: Há poucos estudos recentes sobre o assunto. A prevalência de anquiloglossia em recém-nascidos variou segundo o instrumento utilizado. Sugere-se a realização de estudos de prevalência em nível nacional e comparativos dos instrumentos a fim de estabelecer o melhor protocolo para a detecção e apropriada intervenção da anquiloglossia.