Introdução: O protocolo de tratamento das fissuras labiopalatinas são continuamente estudados em um esforço de melhorar a qualidade de vida das pessoas acometidas. Objetivo: comparar o desenvolvimento dos arcos maxilares de crianças com fissura unilateral de lábio e palato tratadas com ortopedia pré e pós-queiloplastia durante o primeiro ano de vida. Metodologia: 96 modelos dentários digitalizados foram divididos em: Grupo 1 (G1) indivíduos tratados com placa de Hotz antes e após a cirurgia de queiloplastia, Grupo 2 (G2) indivíduos tratados com placa de moldagem nasoalveolar antes da queiloplastia, e com placa de Hotz pós-cirurgia reparadora labial; Grupo 3 (G3) sem intervenção ortopédica. A amostra foi avaliada na Fase 1, préqueiloplastia e Fase 2, pós-queiloplastia. Foram analisadas, áreas da fissura (Área F) e dos segmentos (Área S), além de medidas angulares, anterior do segmento maior (∠GCT) e posteriores dos segmentos maior (∠CTT’) e menor (∠C’T’T). Teste T pareado e Análise de Variância seguida do teste de Tukey foram aplicados (α=5%). Em G1, houve crescimento da Área S (p<.001) e redução dos parâmetros Área F (p<.001) e ∠C’T’T (p=.044). Em G2, Área S cresceu (p<.001) entretanto ∠CTT’ e ∠C’T’T diminuíram em T2 (p=.008 e p=.002, respectivamente). Em G3, Área S aumentou em T2 (p=.001), enquanto Área F e ∠GCT reduziram (p=.002) Conclusão: as crianças da amostra avaliada tratadas com ortopedia pré e pós reparo cirúrgico labial, tiveram melhor desenvolvimento palatino durante o primeiro ano de vida, quando comparadas aos demais participantes. E que a ortopedia contribuiu para a melhora do reposicionamento dos segmentos palatinos antes da queiloplastia, facilitando o reparo cirúrgico labial.