Associação entre perfuração do seio maxilar por implantes dentários e sinusopatias: um estudo usando TCFC
Michelle CHANG, Nicolly OLIVEIRA-SANTOS, Ashleigh-Paige Harvey-Ann BEERSINGH, Henrique Mateus Alves FELIZARDO, Francisco Carlos GROPPO, Hugo GAÊTA ARAUJO
Resumo
Introdução: A perfuração de estruturas anatômicas por implantes dentários não é um achado incomum, sendo mais prevalente na maxila em região posterior. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi associar a perfuração do assoalho do seio maxilar por implantes dentários com sinusopatias e mostrar as características do espessamento mucoso envolvido nos casos perfurados. Material e método: Seios maxilares visualizados em tomografias computadorizadas de feixe cônico foram classificados de acordo com o lado da maxila, perfuração do seio maxilar, enxerto ósseo, exposição de espiras, espessamento da mucosa, aparência da mucosa e presença de septo. As distâncias entre os implantes e o seio maxilar, a crista alveolar e o seio maxilar e a espessura da mucosa foram medidas. O teste quiquadrado comparou a frequência das variáveis categóricas entre os implantes perfurantes ou não do seio maxilar, e a análise de variância comparou as variáveis numéricas. A regressão logística foi usada para determinar a chance de espessamento da mucosa em seios maxilares perfurados. O nível de significância assumido foi de 5% (α=0,05). Resultados: Houve perfuração de 83 seios maxilares (64,3%) por 127 implantes dentários (62,90%). A distância entre o implante e o seio maxilar e, a crista alveolar e o seio maxilar foram menores quando houve perfuração do seio maxilar (p0,05). Conclusão: A perfuração do seio maxilar por implantes dentários não é incomum e está associada ao espessamento local da mucosa. Mais atenção deve ser dada durante a colocação do implante na maxila posterior.