Introdução: A pneumonia, inflamação do parênquima pulmonar, é uma doença responsável por morbidade e mortalidade significativa na população. Sua classificação se baseia no local de origem dos agentes etiológicos, e nos ambientes hospitalares é chamada de pneumonia nosocomial. As infecções adquiridas nesses locais ocorrem 48 horas após a internação e são subdivididas em pneumonia associada à ventilação mecânica e pneumonia não associada à ventilação mecânica. Objetivos: Analisar a importância dos cuidados com a higiene bucal e o papel do cirurgião dentista no ambiente hospitalar, com ênfase na prevenção de complicações como a pneumonia nosocomial não associada à ventilação mecânica. Material e método: Para realizar esta revisão de literatura foram utilizadas as bases de dados eletrônicas SciELO, PubMed, LILACS e BVS para a seleção dos estudos. Foram incluídos estudos do período de 2018 a 2023, com trabalhos em inglês, espanhol e português. Os descritores utilizados foram “hospitalacquired pneumonia”, “dentistry” e “nosocomial pneumonia” com aplicação do operador booleano “AND”. Após as fases de busca, exclusão dos duplicados e leitura de títulos e resumos, quatorze estudos foram selecionados para a discussão. Resultados: Os indivíduos mais acometidos pelas infecções respiratórias adquiridas no hospital são bebês, crianças, idosos maiores de 65 anos, pacientes com doenças graves, imunossupressão e submetidos a cirurgias abdominais. Diante disso, já que o biofilme oral consiste em um reservatório de microrganismos que quando aspirados podem levar a pneumonia nesses pacientes, a higiene bucal realizada de forma correta ou terapia periodontal de suporte podem reduzir o aparecimento e progressão dessa infecção respiratória. Conclusão: Sendo assim, a presença do cirurgião dentista nesses ambientes é fundamental para reduzir o risco de pneumonia nosocomial e agravos de condições sistêmicas de pacientes internados, além da consequente redução de custos hospitalares e tempo de internação.