Introdução: Atualmente a busca por reabilitações estéticas tem sido feita de forma rápida, visando apenas beleza do sorriso e não do tratamento funcional. Foi demonstrado que até 30% da estrutura dentária sadia é removida na preparação de facetas. Este tipo de conduta leva o questionamento do valor ético e moral do profissional que ao atender à solicitação do paciente, não informa que estes estarão sujeitos, posteriormente, a sérios problemas clínicos. Objetivo: Avaliar as possíveis alterações da saúde bucal dos pacientes consequentes da conduta negligente de cirurgiõesdentistas em tratamentos estéticos. Método: Foi feita a revisão de literatura e avaliação de artigos publicados no período de 2012 a 2023. Foram selecionados 9 artigos sobre facetas em resina e tratamentos corretivos. Resultados: Procedimentos clínicos de dentística mostraram tendência a excessiva indicação de tratamentos utilizando faceta de cerâmica, ao invés de procedimentos de clareamento ou resinas, que, na maioria dos casos, poderiam ter sido utilizadas para alguns reparos. Em pouco tempo, após a colocação de facetas, os pacientes apresentaram inflamação gengival, mudança de cor, contornos volumosos, dificuldades de higienização, desconfortos, falta de anatomia, sensibilidade térmica e fraturas. Nestes casos, as resinas poderiam ser indicadas para tratamentos mais conservadores, porém é importante considerar que também poderiam levar a sérias consequências clínicas quando utilizadas por técnica inadequada. Conclusão: A negligência do cirurgião-dentista leva ao prejuízo da saúde oral e insatisfação do paciente, mesmo quando esta busca é apenas para a mudança estética do sorriso.