“Sorriso feliz/ Balsas-MA” fortalecimento das ações de saúde bucal na primeira infância”: processo de implantação em creches do município
João Vitor PEREIRA, Guilherme Borsato GOMES, Karoline Voh ahn PINTO, Laís Albuquerque FERNANDES, Cecília Luiz Pereira STABILE, Lígia Pozzobon MARTINS
Resumo
Introdução: Há inúmeras técnicas descritas em literatura para a enucleação das lesões císticas mandibulares, dentre estas, a confecção de janela óssea, que permite melhor visibilidade transoperatória, evitando-se complicações aos tecidos duros e moles. Através de motor piezocirúrgico ou broca, realiza-se osteotomia em formato de janela para obter acesso à lesão, em seguida o fragmento é reposicionado e fixado com sistema de órtese e prótese. Objetivos: Descrever técnica de janela óssea para enucleação de cisto dentígero em corpo mandibular à E, e segundo molar (36) incluso para base da mandíbula. Conduta Clínica: Paciente de 19 anos; gênero masculino; sem comorbidades. Em tomografia cone beam, identificou-se dente 36 retido próximo à base da mandíbula, em íntimo contato com o canal mandibular, associado a lesão hipodensa, delimitada, sem evidência de reabsorção dentária, compatível com lesão cística. O planejamento objetivou prevenir a ocorrência de lesões ósseas e nervosas, frente a capacidade evolutiva da lesão cística. O ato cirúrgico consistiu em anestesia geral; infiltração de lidocaína 2% com epinefrina 1:200.000; incisão com eletrocautério; descolamento subperiosteal; exposição da tábua óssea vestibular; osteotomia com motor piezoelétrico; remoção do fragmento ósseo; curetagem da lesão cística; exérese do elemento 36; irrigação; reposicionamento da janela óssea; fixação com placas e parafusos do sistema 1.5; suturas por planos. Resultados: A lesão cística foi condicionada em formol 10%, e encaminhada para histopatológico, confirmando-se cisto dentígero. O paciente teve alta hospitalar 24h após o procedimento, negando queixas álgicas. No pósoperatório de 07 dias, ausência de sinais flogísticos, disestesia ou parestesia. Conclusão: A técnica janela óssea permitiu cortes seletivos e precisos ao tecido ósseo, resultando na enucleação total da lesão cística, favorecendo a neoformação óssea e, consequentemente uma recuperação satisfatória.