Introdução: A hipomineralização molar-incisivo (HMI) é um defeito de desenvolvimento do esmalte dentário que afeta um ou mais primeiros molares permanentes associados ou não aos incisivos permanentes favorecendo fraturas pós eruptivas. Mediante a tentativa de recuperação da estrutura dentária perdida, um impasse é a dificuldade de adesão dos materiais restauradores ao remanescente dental hipomineralizado, tornando-se comum a falha de restaurações. No caminho contrário à filosofia de mínima intervenção alguns autores preconizam a remoção de todo esmalte hipomineralizado para obtenção de uma melhor adesão. No entanto, isto pode resultar em remoção excessiva de estrutura dentária o que pode comprometer a longevidade do dente. Objetivos: Apresentar alternativas de tratamento para os dentes com perda extensa de estrutura devido à HMI, que visam a manutenção de tecido mesmo que hipomineralizado. Conduta Clínica: Primeiro paciente, gênero maculino, 7 anos, com queixa de dor no dente 26, no exame clínico notou-se extensa perda de estrutura devido à HMI. Optou-se pela instalação de coroa de aço pré-fabricada não necessitando, portanto, de remoção de estrutura dentária. Segundo paciente, gênero feminino, 8 anos, sem queixa de dor, mas com perda extensa de estrutura no dente 16, optou-se pela cimentação de uma banda ortodôntica e reconstrução da face oclusal com CIV. Por fim, terceiro paciente, gênero feminino, 11 anos, optou-se pela técnica RiNa, que consiste em um tratamento semidireto no qual o recobrimento do dente é feito com CIV sem a necessidade de desgaste prévio de estrutura dentária. Resultados: As consultas de controle desses pacientes atestaram o sucesso das técnicas utilizadas. Conclusão: Conclui-se com base nos casos relatados que há alternativas para a restauração dos dentes com perda extensa de estrutura devido à HMI e sem a remoção precoce de estrutura dentária, evitando assim que o dentre adentre no ciclo restaurador repetitivo.