Introdução: Na rotina clínica, o cirurgião-dentista trata pacientes hipertensos que necessitam de atenção diferenciada devido a diversos fatores externos que podem influenciar em sua condição sistêmica. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de alterações significativas na pressão arterial sistêmica durante procedimentos cirúrgicos-odontológicos. Conduta Clínica: O estudo foi do tipo prospectivo com amostra correspondente a 135 indivíduos selecionados aleatoriamente, que foram submetidos a procedimentos cirúrgicos na clínica de Cirurgia Bucomaxilofacial do Curso de Odontologia da ESFA (ES) entre o segundo semestre de 2017 e abril de 2018. Após o consentimento, os dados sociodemográficos e de estilo de vida, peso e altura foram obtidos por meio de um questionário, pesagem e medição, respectivamente. Foram realizadas aferições da PA em três momentos: pré-operatório (PA1), transoperatório (PA2) e pós-operatório (PA3) utilizando esfigmomanômetro de coluna de mercúrio e estetoscópio. Utilizouse como padrão de normalidade valores (<120/80 mmHg). Foram excluídos pacientes gestantes e pacientes que apresentavam pressão arterial inicial acima de 160/100 mmHg. Este estudo foi realizado após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Quando comparada a PA1 com a PA2, 63,0% se mantiveram dentro dos valores de normalidade e 22,2% atingiram o estágio de hipertensão. Na comparação da PA1 com a PA3, 66,7% mantiveram estágio de normalidade e apenas 7,4% chegaram ao estágio de hipertensão. Quando comparada a PA2 com a PA3, 53,6% mantiveram dentro do estágio de normalidade e 12,2% atingiram o estágio de hipertensão. Conclusão: Conclui-se que ocorreram variações na pressão arterial, sendo a maior variação encontrada na PA2, podendo ser atribuída ao estresse causado pelo ato cirúrgico, visto que, não foram encontradas relações estatisticamente significantes nos cruzamentos entre as alterações na pressão arterial com os anestésicos utilizados na pesquisa.