Marsupialização seguida por exérese como opção de tratamento para o ameloblastoma unicístico tipo mural – relato de caso
Luiz Henrique Godoi MAROLA; Valfrido Antonio PEREIRA FILHO
Resumo
Introdução: O ameloblastoma unicístico mural ainda é alvo de discordância em sua forma de tratamento. Enquanto alguns trabalhos sugerem ressecções, outros relatam sucesso com terapias mais conservadoras. Objetivos: Este trabalho visa descrever o tratamento de um ameloblastoma unicístico do tipo mural por meio de marsupialização e exérese. Conduta Clínica: Paciente masculino, 30 anos, leucoderma, foi encaminhado ao serviço de cirurgia bucomaxilofacial por lesão radiolúcida, unilocular em corpo, ângulo e ramo mandibular direito. Inicialmente o paciente foi submetido à punção aspirativa com saída de líquido amarelo citrino, no mesmo momento, foi submetido à biopsia incisional em formato de cunha na área retromolar e mantido uma abertura para permitir a marsupialização. O laudo histopatológico indicou ameloblastoma unicístico com proliferação mural. Após três meses, o paciente foi submetido à anestesia local e exérese cística com brocagem periférica. Resultados: Em acompanhamento de 5 anos, o paciente se apresenta até o momento livre de recidiva. Conclusão: Terapias mais conservadoras tem sido mais indicadas pelos profissionais. Este é um movimento benéfico para o paciente, desde que bem indicado. A marsupialização acompanhada de exérese tem se mostrado segura e eficaz para as lesões císticas.