Projeto de extensão de abordagem multidisciplinar da hipotonia orofacial e protrusão lingual de bebês com trissomia do cromossomo 21
Isadora Almeida de CASTRO, Gabriele ANDRADE-MAIA, Anna Vitória Mendes Viana SILVA, Andressa Belchior Mior Gambogi FIDELIS, Ana Elisa Ribeiro FERNANDES, Renata Maria Moreira Morais FURLAN, Soraia MACARI, Henrique PRETTI
Resumo
Introdução: A trissomia do cromossomo 21 (T21) popularmente conhecida como Síndrome de Down é uma condição genética na qual ocorre a triplicação do cromossomo 21. Indivíduos com T21 podem apresentar condições sistêmicas e orofaciais como a hipotonia muscular facial que pode resultar na protrusão lingual prejudicando a vedação dos lábios, e consequentemente afetando na fala, mastigação, deglutição e respiração. Estes indivíduos precisam de uma atenção integral e multiprofissional. Um possível tratamento para a hipotonia orofacial e protrusão lingual é a Terapia de Regulação Orofacial (TRO) descrita por Castillo-Morales que prevê o uso de um dispositivo intraoral denominado Placa Palatina de Memória (PPM) associada a Terapia Miofuncional Orofacial (TMO). Objetivo: Descrever as atividades do projeto de abordagem multidisciplinar na hipotonia orofacial e protrusão lingual de bebês com trissomia do 21 da faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Conduta clínica: Uma equipe composta por profissionais da Odontologia, Medicina e Fonoaudiologia avaliam bebês com faixa etária de 0 a 2 anos que possuem diagnóstico de T21. Os pacientes são avaliados por todos os membros da equipe, que pondera a indicação do tratamento utilizando a PPM associada a TMO, quando necessário, são realizados encaminhamentos para outras equipes de saúde. Além disso, são realizados estudos quanto à qualidade de vida dos pais/responsáveis destes indivíduos, bem como o acolhimento destas famílias. Resultados: Até a presente data cerca de 60 crianças foram acolhidas no projeto que possui resultados satisfatórios quanto ao tratamento utilizado. Conclusões: A interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade são de suma importância no tratamento de indivíduos com necessidades especiais. O acolhimento das famílias e o cuidado com sua qualidade de vida se fazem necessários, sendo imprescindível o trabalho entre equipes de saúde e núcleo familiar.