Introdução: A má oclusão consiste em uma relação anormal da oclusão e/ou distúrbio craniofacial, de origem multifatorial, genético e/ou ambiental. Além de comprometer esteticamente, a sua permanência pode influenciar também na deglutição, fonética, e bem estar psicológico do paciente. Essa disfunção é considerada como terceiro maior problema em saúde bucal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo a sobremordida a maior em porcentagem de incidência com 69,5% na primeira infância, afetando uma a cada duas crianças. Objetivo: relatar um caso clínico de correção da sobremordida utilizando a técnica inovadora JIG de Sakuma. Conduta clínica: Paciente do sexo feminino, 5 anos de idade, compareceu ao Programa de prevenção da Clínica de Especialidades Infantis da Universidade Estadual de Londrina e durante o exame clinico foi diagnosticada com sobremordida. Para o tratamento foi planejado a aplicação da técnica de JIG de Sakuma. Inicialmente foram realizados fotografias, moldagem e registro de mordida em cera da paciente, para documentação. Posteriormente o dispositivo foi confeccionado com resina acrílica e cimentado nos incisivos superiores da paciente. As manutenções da oclusão e do acrílico foram realizadas periodicamente no período de 7 semanas. Resultados: Foi observada, após a remoção do dispositivo, a correção do trespasse vertical. O tratamento mostrou vantagens como fácil aplicação, rápida correção, resultados relevantes para o aparelho mastigatório, além de ausência de desconforto. Conclusão: O dispositivo JIG de Sakuma mostrou - se efetivo para corrigir a dimensão vertical da mordida. A sua aplicação é de fácil reprodutibilidade permitindo que profissionais de qualquer área odontológica possam utilizar em seus pacientes pediátricos. Além disso, a manutenção do aparelho mastigatório, ainda na primeira infância, é fundamental para o crescimento estomatognático fisiológico e mais harmônico.