Introdução: A peri-implantite é uma condição patológica associada à presença de placa caracterizada por inflamação na mucosa peri-implantar e perda progressiva de osso de suporte. Na intenção de recuperar a saúde do tecido peri-implantar e manter o implante em função, métodos conservadores e cirúrgicos vêm sendo utilizados com base no grau de severidade da doença. Objetivos: O objetivo deste caso é descrever uma sequência de procedimentos realizados para tratar a peri-implantite envolvendo o implante instalado na região do dente 35. . Conduta Clínica: Paciente, gênero masculino, compareceu a clinica odontológica apresentando sangramento e queixa de dor nos tecidos ao redor do implante. Após uma avaliação clinica e radiográfica, e considerando o conceito da doença periimplantar, foi identificado a presença da doença com sangramento a sondagem, profundidade acima de 6mm e perda óssea acima de 3 mm na região mesiovestibular. A sequência de procedimentos envolveu a remoção de tecido de granulação em campo aberto, descontaminação da superfície do implante com jato de bicarbonato, condicionamento ácido com emdogain, preenchimento do defeito com enxerto ósseo, posicionamento de uma membrana para proteger o enxerto e por fim, a realização de enxerto de conjuntivo para favorecer a espessura de tecido mole ao redor. Considerando se tratar de um implante hexágono externo, foi proposto a individualização do componente protético em uma tentativa de minimizar o gap entre o implante e o pilar e reduzir a possibilidade de acúmulo de biofilme. Resultados: Após os procedimentos realizados, o paciente encontra-se em acompanhamento de 10 anos, sem recidivas e com o implante em função. Conclusão: O tratamento da doença ainda é desafiador para o cirurgião-dentista, sobretudo porque alguns possíveis fatores de risco associados com a progressão da doença ainda não estão claramente definidos, o que significa que pacientes susceptíveis a doença, necessitam de sessões regulares de manutenção, envolvendo higienização e remoção de placa.