Fisioterapia no tratamento de fratura condilar em paciente pediátrico
Beatriz Ramos de MEDEIROS, Maísa PEREIRA-SILVA, Ana Carolina Zucon BACELAR, Nataira Regina MOMESSO, Maria Eduarda de Freitas Santana OLIVEIRA, André Luis da Silva FABRIS, Idelmo Rangel GARCIA JUNIOR, Francisley Ávila de SOUZA
Resumo
Introdução: Os traumas faciais pediátricos frequentemente resultam de força contundente como quedas, acidentes automobilísticos, esportes e agressão. Os traumas são comuns na população pediátrica, sendo sua incidência maior do que na população adulta. Em contrapartida as fraturas faciais são menos comuns em pacientes pediátricos, devido a mineralização reduzida do esqueleto facial, pneumatização dos seios diminuídas e suturas complacentes, que permitem a dispersão e absorção de forças pelo esqueleto sem fratura. Objetivo: Esse trabalho é relatar o caso clínico de fratura condilar em paciente pediátrico, tratado de forma conservadora com fisioterapia. Conduta Clínica: Paciente masculino, 5 anos, atendido na Santa Casa Araçatuba com histórico de trauma de face após acidente ciclístico. Ao exame clínico apresentava edema facial e desvio em abertura bucal a direita, acompanhado de queixa álgica em região pré-auricular ipslateral ao edema, ferimento cortocontuso em mento, e fratura incisal dos dentes 61 e 62. Em exames de imagem notou-se fratura condilar a direita com deslocamento medial. Foi proposto tratamento conservador sendo empregado fisioterapia três vezes ao dia com movimentos de abertura e fechamento, lateralidade e protusão. O paciente segue em acompanhamento com quadro clínico estável, boa amplitude e manutenção dos movimentos mandibulares. Conclusão: Portanto, a abordagem não cirúrgica é aconselhada sempre que possível, e o acompanhamento a longo prazo é obrigatório para evitar o crescimento facial assimétrico e obter resultados estéticos e funcionais.