Introdução: A regeneração de defeitos ósseos tem sido um desafio, devido a traumas, anomalias, etc. Neste sentido, scaffolds poliméricos aparecem como uma opção para melhorar o processo de reparo ósseo, uma vez que oferecem um ambiente favorável ao crescimento celular. Objetivos: Desenvolver e caracterizar scaffolds compostos por fibras de ácido polilático (PLA) associadas a dois biovidros 58S clorados, via sol-gel (SG) e via sol-gel com precipitação (P), para uso na regeneração tecidual óssea. Material e método: A seguinte proporção foi utilizada para a síntese de biovidro via SG: 60% H4SiO4, 36% CaCl2 e 4% P2O5. Para a biovidro P, a mesma proporção foi utilizada, porém 150 mL de solução de bicarbonato de amônio em água foi adicionado para a precipitação do vidro. Após, os vidros foram adicionados a uma solução de 7% de PLA, obtendo-se 3 soluções: PLA (controle), PLA-BG e PLA-P. As soluções foram submetidas ao método de eletrofiação para obtenção do scaffolds. Foi feita a análise físico químicas e então o estudo in vitro, a partir de células mesenquimais após indução de diferenciação osteoblástica. Resultados: Através da microscopia eletrônica de varredura (MEV), foi possível observar que o SG apresentou partículas micrométricas e o P apresentou partículas nanométricas, bem como a formação efetiva de fibras em todos os grupos analisados. A análise de energia dispersiva demonstrou a presença dos elementos característicos do vidro (Si, Ca, P e Cl). Com relação à análise MTT, houve viabilidade celular em todos os grupos (>70%). Para a atividade da fosfatase alcalina, houve uma diferença estatística, na qual o grupo que continha SG mostrou maior atividade em comparação com o controle. A formação de nódulos de mineralização foi observada em todos os grupos estudados. O MEV mostrou aderência celular em todos os scaffolds. Conclusão: Foi possível obter scaffolds de PLA incorporados com biovidro sem citotoxicidade, sendo um biomaterial com potencial para uso em engenharia de tecidos.