Introdução: Há uma limitação de publicações que envolvam temas relacionados com a qualidade de vida dos adolescentes no meio escolar durante a pandemia de Covid-19. O conhecimento sobre o perfil e a saúde dos adolescentes gera dados científicos baseados em evidências para a criação de políticas públicas de promoção da saúde, tornando o ambiente escolar propício para que esta população sinta-se mais segura e feliz. Objetivos: Avaliar os fatores psicossociais na saúde emocional e qualidade de vida de adolescentes do ensino médio, frente à pandemia de Covid-19. Material e método ou Conduta Clínica: Estudo Transversal, realizado entre abril e maio de 2022, com adolescentes entre 15 e 16 anos, estudantes do ensino médio de escolas públicas da cidade de Bauru-SP. Os adolescentes responderam aos questionários SMFQ-C para avaliar sintomas depressivos, juntamente a um questionário de condições socioeconômicas. Para avaliação dos efeitos da pandemia, foi utilizado um questionário auto avaliativo com perguntas acerca de: educação, saúde, economia, contexto familiar e expectativas quanto ao futuro. A prevalência da obesidade, foi avaliada pelo índice IMC. A qualidade de vida foi mensurada pelo questionário PedsQL. Os dados foram analisados utilizando o programa STATA 12 (Stata Corporation, College Station, TX, USA). Foi adotado o nível de significância de 5%. Foram utilizados o teste de Kruskal-Wallis entre as variáveis ordinais e o desfecho, o teste de Mann-Whitney e entre as variáveis quantitativas, a correlação de Spearman. Resultados: Participaram da pesquisa 258 adolescentes. Destes, 188 (72,9%) do gênero feminino e 70 (27,1%) do gênero masculino. A idade média dos participantes foi de 16,1 anos. 86 participantes (33%) relataram estar otimistas quanto ao futuro e tiveram menos sintomas depressivos. Conclusão: A pandemia de Covid-19 gerou maior prevalência de depressão pelas preocupações relacionadas com fatores socioeconômicos e aumento do IMC entre os adolescentes deste estudo.