Introdução: A velocidade de rotação da broca para instalações de implantes dentários reflete nos parâmetros contato osso-implante (BIC), coeficiente de estabilidade (ISQ) e fração de área óssea (BAFO). Existem resultados e análises acerca de protocolos de velocidade de rotação e presença de irrigação para promover melhor estabilidade primária e osseointegração efetiva. Objetivos: Avaliar a influência da velocidade de rotação da broca na perfuração óssea para instalação de implantes dentários e sua relação com a osseointegração. Material e método: Essa revisão contemplou os itens Preferred Reporting Items for Systematic Review e Meta-Análise (PRISMA) e foi efetuado registro no International prospective register of systematic reviews/PROSPERO (360368). A busca por artigos foi realizada no PubMed (MEDLINE), Scopus, Science Direct e Embase. A seleção dos artigos foi realizada em duas etapas distintas, a primeira por análise de título e resumo por dois revisores independentes de modo cego, a segunda foi a leitura na íntegra dos artigos selecionados. A análise crítica do risco de viés foi realizada pela ferramenta SYRCLE. Resultados: 1082 artigos foram encontrados e após remoção de duplicados, aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 10 artigos foram lidos na íntegra, destes, 2 foram excluídos por não relacionar velocidade de rotação da broca e osseointegração. Cinco artigos não apresentaram diferenças estatísticas significativas quanto ao protocolo de perfuração utilizado e os dados analisados. Três, demonstraram diferenças estatísticas significativas, com melhores resultados de osseointegração. Esta revisão apresentou baixo risco de viés. Conclusão: Não há um consenso de velocidade de rotação ideal e utilização de um agente irrigante. Assim, mais estudos que objetivam um protocolo ideal e que analisa clinicamente e histologicamente os efeitos de uma velocidade de perfuração e osseointegração, com a melhor velocidade sob ausência e/ou presença de um agente irrigante se faz necessário.