Revista de Odontologia da UNESP
https://revodontolunesp.com.br/article/644a536da953952ac2546852
Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Avaliação da relação entre persistência do forame timpânico e alterações ósseas degenerativas em região de ATM

Matheus Kawana COUTO, Ruth Jorge FAGUNDES, Elen de Souza TOLENTINO, Lilian Cristina Vessoni IWAKI, Mariliani Chicarelli da SILVA

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Resumo

Introdução: Forame timpânico (FT), também chamado de forame de Huschke, é uma variação anatômica que eventualmente acomete indivíduos adultos. Está presente em recém-nascidos e se fecha por volta dos 5 anos de idade, mas pode permanecer até a idade adulta, sendo considerado uma anomalia anatômica. Alguns autores atribuem a sua persistência ao aparecimento de alterações como fístula e herniação da ATM, artrite infecciosa, inflamação externa e medial da orelha, além de facilitar a propagação de infecções e células neoplásicas do meato acústico externo para a fossa infratemporal. Objetivo: Determinar por meio da TCFC se a persistência do forame timpânico pode interferir na morfologia da região da ATM. Método: Dois especialistas em radiologia odontológica e imaginologia avaliaram uma amostra de 94 indivíduos, sendo 47 com a persistência do forame timpânico (50%) e 47 sem a persistência do forame timpânico (50%) (grupo controle). Todos foram avaliados de acordo com o RDC/TMD quanto à presença ou ausência de achatamento, formação de osteófitos, erosão, desvio na forma, esclerose subcortical ou esclerose generalizada, cistos subcorticais e hiperplasia ou hipoplasia da cabeça condilar e anquilose óssea. Os resultados foram analisados com os testes odds ratio, Teste qui-quadrado e Teste exame de Fisher. Resultados: Observou-se na comparação entre os dois grupos que existe diferença estatisticamente significante entre a presença de alteração em ATM, sendo encontradas mais no grupo com presença de FT (p<0,0001), na morfologia redonda (p=0,045), na pneumatização da eminência articular e fossa glenóide tipo multilocular com p=0,005 para ambas. Conclusão: Foi possível verificar que indivíduos que apresentam a persistência do forame timpânico possuem maior chance de terem a ocorrência de alterações em ATM (48 vezes mais), bem como alterações de pneumatização da eminência articular (OR= 2,383).

Palavras-chave

Anatomia; meato acústico externo; articulação temporomandibular.
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