Introdução: As disfunções temporomandibulares envolvem diversas etiologias, o que dificulta o tratamento. A aplicação de toxina botulínica surgiu como uma alternativa de tratamento, mas informações acerca de sua efetividade quando comparada aos dispositivos oclusais ainda é escassa. Objetivos: O propósito dessa revisão foi o de avaliar a literatura para responder à pergunta: “A toxina botulínica é mais eficaz que o dispositivo oclusal para o tratamento da disfunção temporomandibular?” Material e método: Esta revisão sistemática foi registrada no PROSPERO (CRD42022330701) e elaborada de acordo com o PRISMA. A busca foi realizada nas bases de dados Embase, PubMed, Scopus, Science Direct e Lilacs. O processo de seleção foi realizado em duas etapas de forma independente por dois revisores de acordo com os critérios de elegibilidade: estudos clínicos randomizados e não randomizados; avaliaram toxina botulínica e dispositivo oclusal; e pacientes com DTM. O risco de viés foi avaliado com as ferramentas ROBIS-I e ROB2. Resultados: A busca encontrou 65 referências no PubMed, 134 no Science Direct, 36 no Embase, 242 no Scopus e 0 no Lilacs, totalizando 477 resultados. Seis estudos foram incluídos nesta revisão. Ambos os tratamentos - toxina botulínica e dispositivo oclusal - são eficazes. A toxina botulínica apresenta resultados mais favoráveis ao tratamento de bruxismo, porém seu efeito é dose-dependente e requer novas aplicações. Os dispositivos oclusais apresentam fácil confecção, possibilidade imediata de interrupção de tratamento, custo inferior, redução nos índices de dor e melhora na qualidade do sono e na abertura bucal. Conclusão: A toxina botulínica apresentou resultados favoráveis de redução de dor, qualidade de sono e apresentam vantagens em relação à placa, por não necessitarem da adesão do paciente e por promoverem melhoras prolongadas.